domingo, 25 de novembro de 2012

Instalações poéticas

Encerrando as atividades das 1as séries do Ensino Médio da Escola Ephigênia, os alunos prepararam uma exposição com instalações poéticas, trabalhando com literatura e arte.
Abaixo, confiram imagens e vídeos dessas aulas que foram pura poesia... (com um pouco de fumaça também rsrsrs)





































quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Gil Veloso revela-se como um talentoso autor infanto-juvenil


Ele fala sobre sua escrita, seu modo de pensar e de como se tornou um menino arteiro 

(Foto: Peter de Brito)
    O autor Gil Veloso é um autor paranaense que, desde os anos 80, vive em São Paulo. Ele já foi assistente de grandes autores, como Lygia Fagundes Telles, Caio Fernando Abreu e João Trevisan.
    Com um ótimo senso de humor, Gil escreve contos e fábulas para o público infanto-juvenil, e tem conseguido conquistar seus leitores e ganhar espaço no mercado.
     Aqui segue uma entrevista concedida por ele aos alunos do Ensino Médio da E.E. Profª Ephigênia Cardoso Machado Fortunato.
Ler é da hora: O que o motivou a se tornar um escritor?
Gil Veloso: O primeiro livro que escrevi, Fábulas Farsas, foi totalmente -ou felinamente- motivado influenciado por um gatinho siamês que tive chamado Bertrand. O livro se fez por causa dele; eu começava a escrever ele vinha e deitava em cima da folha e  atrapalhava-incentivava ao mesmo tempo. Sabe aquele tipo de bloqueio acompanhado de uma espécie de provocação, como se questionasse: tem certeza de que quer mesmo escrever? Não tem coisa mais interessante pra fazer, tipo brincar comigo, agora...?
Depois de um ano, quando terminei o livro, ele gato sumiu misteriosamente... Fiquei muito triste, a maior tristeza que eu sentira até então.
O livro era até dedicado pra ele, que me abandonou ou sei lá o que aconteceu com a criatura; o fato é que não apareceu nem na noite do lançamento.
Depois alguns amigos leram o texto e disseram Publique e aquelas coisas todas que amigos dizem, vocês sabem.


Ler é da hora: Você recebeu apoio de alguém para se tornar escritor?

Gil Veloso: Não. Tirando o incentivo do Bertrand e dos amigos, não recebi apoio de ninguém; quer dizer, recebi apoio do ProAc da Secretaria de Cultura por conta de um edital que eles têm e incentivam publicação.
Para escrever eu me apoio mesmo é na mesa e no lápis; e quando escorrego uso a borracha pra levantar e continuar. Depois é com a editora que me apoia sempre publicando etc.

Ler é da hora: As histórias que você escreve, são inspiradas em situações que você viveu?
Gil Veloso: Acho que não há inspiração em coisas que vivi. Talvez uma situação ou outra tenha influenciado, mas em geral, não. São totalmente inventadas e vividas apenas no momento da criação.

Ler é da hora: Você encontra dificuldade para publicar algum gênero em específico? Qual?
Gil Veloso: Não, nunca tive dificuldade alguma com gênero nenhum.

Ler é da hora: Qual das suas histórias você mais gostou?
Gil Veloso: Gosto de alguns contos dos dois primeiros livros, Fábulas e Travessuras, coisas poéticas e algumas situações engraçadas que lá estão. O que não significa que não tenha me encantado com a Pedrita de A pedra encantada e desgoste dos demais; livros acabam se tornando filhos e nos tornamos mãe-coruja gostando deles do jeito que são, arteiros ou não.

Ler é da hora: Qual o seu autor favorito? Em qual autor você se inspira?
Gil Veloso: Não me inspiro em autor nenhum.
Tampouco tenho O favorito; gosto bastante da Clarice Lispector e do Guimarães Rosa; de poetas como Fernando Pessoa, Manuel Bandeira, Drummond, Murilo Mendes e Hilda Hilst. E também dos poetas místicos cristãos João da Cruz e Santa Teresa De Ávila.
Miguilim, do Guimarães Rosa, O apanhador no campo de centeio, do J. D. Sallinger e livros como Sidarta e Demian do Hermann Hesse acho deslumbrantes.

Ler é da hora: Qual seu livro predileto?
Gil Veloso: O dicionário. Gosto mais das palavras que das histórias e dos fatos; e o dicionário contém todas elas pra que se escrevam as histórias todas. Mas se disserem que dicionário não vale então direi que é o Tao te Ching, do Lao Tsé, um sábio chinês.
É chamado O livro do caminho perfeito, por conter as palavras perfeitas. E também o Baghavad Gita, que significa A canção do Senhor, uma espécie de bíblia hindu, ou seja, uma escritura sagrada da Índia. O Raul Seixas tem até uma música com esse nome, dele e do Paulo Coelho, chama-se Gita -Lê-se Guita-. Começa assim: As vezes você me pergunta por que é que sou tão calado...
Ler é da hora: De onde você tirou inspiração para escrever o livro “O menino arteiro”?
Gil Veloso: O menino arteiro nasceu pra eu exibir uma porção de graças e brincadeiras que tinha na cabeça; e também para homenagear o Guto Lacaz, que fez as artes do livro.

Ler é da hora: Como se sentiu ao término do livro?
Gil Veloso: Não senti nada. Claro que devo ter sentido algo, mas nada tão importante assim. Afinal quando se escreve o objetivo é chegar ao ponto final; a gente tenta esquecer e se distrair, como numa viagem onde é preciso aproveitar o trajeto, que pode ser  mais interessante que o destino em si; mais ou menos como a nossa vida, não? A gente faz de conta que não sabe que um dia vai morrer e segue vivendo distraidamente... Acho que só em As mil e uma noites a princesa Sheherazade não queria chegar ao fim, uma contadora de histórias sem pressa de acabar, já que o fim lá significava morrer. De certo modo morremos mesmo. E depois renascemos...
Voltando ao texto, é sempre um alívio quando termina, tipo quando fazemos xixi depois de estar um bocado apertado... vocês sabem.

Ler é da hora: Você sempre gostou de escrever?
Gil Veloso: Não é sempre que gosto de escrever, prefiro cuidar de plantas, brincar com minhas gatinhas, ler e andar pelas ruas do centro da cidade, fotografando... Ando muito, mais que um carteiro.
Escrevia umas coisas quando adolescente  e também gostava de ler, mas sempre gostei mais de música, cantava e tocava violão. Ainda hoje escrevo canções.
E gosto de visitar igrejas e cemitérios, de preferência sem missas e velórios.

Ler é da hora: O que você gostava de fazer quando era criança?
Gil Veloso: Gostava de imitar coisas que assistia nos circos que passavam em São Jorge do Oeste, onde morei no interior do Paraná; o circo sempre foi minha maior paixão, queria ir embora, fugir com eles; gostava também dos ciganos. Gostava de jogar bola   todas as tardes e também de jogar bolinha de gude, dizíamos jogar bulica. E de brincar de escorregar em estrada de terra nos dias de chuva, deslizando até cair no barro...

Ler é da hora: A sua matéria escolar preferida era Língua Portuguesa?
Gil Veloso: Gostava de português, sim, era bom de redação. Sempre detestei matemática, ainda hoje sonho que é dia de prova e não sei nada, acordo assustado.

Ler é da hora: Quando você era criança, já se imaginava escritor?
Gil Veloso: Nunca me imaginei escritor, queria ser compositor, artista de circo, trapezista. Nem mesmo hoje me considero escritor, isso eu já queria ter dito na resposta à primeira pergunta lá em cima, mas me segurei e agora acabei falando. Ai, que alívio! O mesmo alívio da resposta à pergunta sobre como me senti ao término do livro.

Ler é da hora: Quando era criança, você era peralta?
Gil Veloso: Acho que criança nunca se acha peralta, quem acha são os adultos. Então não sei se era ou não; se um dia entrevistarem minha mãe ou meu pai eles saberão dizer.

Ler é da hora: Qual conselho você daria para um jovem que quer ser escritor?
Gil Veloso: Puxa vida! Esta pergunta se pudesse eu pulava, não sou bom pra dar conselhos. Sou mais ou menos como o gato Bertrand, incentivo e bloqueio ao mesmo tempo, é assim que costumo agir, mesmo comigo mesmo.
Escritores comumente receitam ler e estudar intensamente etc. Pode até ajudar, mas penso que não se aprende apenas vendo, analisando... do mesmo modo que ninguém aprende a jogar bola assistindo a jogos; poderá até se tornar um técnico ou juiz, mas nunca será um Neymar. Claro que facilita se tiver vocação, dom pra observar coisas da vida, sentimentos, limitações e solidão existencial da pobre alma humana...
Mas vamos lá: direi o que eu diria com relação a qualquer coisa que quisesse ser, carteiro, motorista de ônibus, jogador de futebol... Quer ser, então seja! Bons gols pra você.

Ler é da hora: Temos uns amigos escritores, gostaríamos que lesse seus textos (poemas, narrativas, artigo de opinião) na página http://emminhaopiniao-meire.blogspot.com  e fizesse um comentário sobre os textos deles.
Gil Veloso: Prometo entrar na página e apreciar tudo e comentar algo, até lá então.

Ler é da hora: Para encerrar, a última curiosidade da turma, você tem parentesco com Caetano Veloso?
Gil Veloso: Nenhum parentesco, mas o admiro demais e mais ainda a sua mãe, Dona Canô que já completou 103 anos, benza Deus!
Meu nome todo da silva é Gilmar França Veloso. Gil Veloso foi o escritor Caio Fernando Abreu que assim me batizou por conta dos baianos Gilberto Gil e Caetano Veloso, o filho da Dona Canô, que infelizmente não é meu parente.











segunda-feira, 2 de julho de 2012

Promoção "Ler é da hora": doces e cultura

Neste semestre tivemos quatro ganhadores da cesta de doces e cultura "Ler é da hora".
Eles foram:
Eliane 1º B e Mayara 1º E - Escola Ephigênia
Vanessa 6º D e Caio 7º B - Escola Joseane Bianco

Vice-diretora Maria Eunice e Caio - E.M.E.F. Profª Joseane Bianco

Continuem participando! Quem ainda não descobriu, vai descobrir que... ler é "da hora".

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Exposição "O menino arteiro" 1º D


Oi, gente ! Estamos expondo os trabalhos sobre o livro O menino arteiro, de Gil Veloso e artes de Guto Lacaz. Cada grupo fez um objeto curioso inspirado no livro, em que a professora Meire trabalhou com todos os primeiros colegiais da E.E Prof ª Ephigênia Cardoso Machado Fortunato.


Motor para teste
Objetos curiosos


alien_tex



Enroscados Teia de Aranha

A força do tempo



Todas as classes também escreveram textos relacionados ao livro que serão exposto aqui no blog do Ler é da hora.

Exposição "O menino arteiro" 1ºA

Oiee pessoal!!
É expondo os nossos trabalhos que queremos mostrar a vocês um pouco das nossas qualidades através das nossas invenções baseadas nos trabalhos das biografias do Menino Arteiro.

Cemeba=cebola e ameba

Amor+rosa

Palha+aço

Panela reciclável



Esperamos que curtam e comentem! 

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Exposição "O menino arteiro" 1º C

Tchutchucos
E aí, galerinha, tudo bom com vocês ?
Diretamente da Sala 1 da Escola "Ephigênia Cardoso Machado Fortunato":
acaba de acontecer a Exposição do trabalho sobre o livro "O Menino Arteiro".
Kar+Close-Up
Estamos divulgando as imagens da turma mais animada da escola rsrs'
Esperamos que vocês se divirtam.



Corre Mão

Luminária

Máquina Fotográfica Sustentável


Guris

Bonde do 1°C

Os eletrônicos

Jones e Mocinhas







Alunos delicinhas do 1°C ;p

Exposição "O menino arteiro" 1ºB


Bom dia, pessoal!
Acabamos de apresentar os nossos trabalhos da Exposição do livro "O Menino Arteiro", de Gil Veloso.
Os objetos trazidos foram muito curiosos.
Parabéns para a turma do 1ºB!
Confiram as imagens abaixo.









Exposição

Operação = Open+Ração

Shova = Shoes+Chuva

Atira +Dor

Apaga+Dor

Ventila+Dor

Porta+Retrato e Boneca Adriéli

Bucha+Chá

Análise do livro "Til", José de Alencar